Queen B is back
Como apreciadora da cultura pop atual que sou, gosto sempre de estar atualizada acerca de tudo o que se passa neste mundo, principalmente o da música. A Beyoncé, grande artista dos dias de hoje, voltou de surpresa em força e cheia de novidades. Para começar, voltou de surpresa, literalmente. Não avisa ninguém e lança da noite para o dia umas quantas músicas online. Depois, cria um novo conceito de lançamento do álbum ao disponibilizá-lo, primeiramente, apenas na internet. E este conceito engloba um novo significado: o álbum visual, valorizando bastante a parte visual das músicas. A explicação da própria Beyoncé é clara: a música hoje em dia vive-se de uma forma completamente diferente; os singles são subvalorizados e tornados em produtos comerciais enquanto que as outras músicas que compõe os discos são esquecidas. Os videoclipes, acabam por ser, grandes rampas de lançamento e objetificam de certa forma tanto a música como os cantores, determinando o sucesso de um certo trabalho musical. Tendo isto em conta, ela decide fazer de todas as músicas do álbum, singles e, dar-lhes, sem exceção, videos que tornem o trabalho final, mais que música, num autêntico filme que narra e representa as diferentes histórias das canções. A ideia é nova e só por isso já mereceu toda a atenção dos media nos últimos dias. Alguns dos vídeos já estão cá fora e também esses prometem sucesso, considerando as visualizações obtidas até agora. Eu devo dizer que estou a gostar bastante desta pequena revolução que ela originou. Uma coisa é ouvirmos e dizermos que a internet veio mudar isto e aquilo mas outra coisa é isso acontecer, literalmente. Uma artista deste calibre, colocar em primeiro lugar a divulgação do álbum online e só tempos depois dar-lhe o corpo físico (coisa que ainda não aconteceu, by the way) é inédito. Na realidade, a indústria discográfica vê o seu peso diminuir a passos largos. Raras são as pessoas que ainda gastam dinheiro em discos, nos álbuns físicos. Ou se faz o download ou se compra online. Quanto às músicas em si, já as ouvi, claro, e vi também os vídeos preview. O resultado é bastante positivo. Podemos dizer que a Beyoncé se manteve fiel à artista que tem sido, mostrando a voz quente, a simplicidade em certos momentos e o luxo nos outros, a sensualidade e sexualidade características, a beleza, os grandes cenários, etc. e, ainda assim, trouxe algo novo, como é o caso do cabelo curto que muda imenso a sua imagem. Para além disso, as colaborações são porreiras (nada de espetaculares mas porreiras). As minhas preferências recaem sobre precisamente as duas músicas dos dois primeiros vídeos: XO e Drunk In Love. De facto, a apresentação visual de algo faz-nos dar bastante mais atenção a esse algo e faz-nos gostar mais comparativamente às outras coisas que nos são apresentadas. Well, foi uma ótima jogada da parte dela e acho que constitiu também uma bela jogada para agitar todo este mundo da música e promover as novas invenções, estratégias e ideias.