Boys
Costumo dizer que há uma linha que me separa dos rapazes. (Na verdade, há uma linha que me separa do resto das pessoas, sejam rapazes ou raparigas. Não sou de abracinhos nem beijinhos nem lamachices desse género.) Digo-o um bocado no gozo mas é apenas a realidade. Qualquer pessoa que me conheça razoavelmente não teria dúvidas em afirmar que eu não tenho namorado o que é verdade mas o facto de ser tão "óbvio" não me agrada. Não gosto da ideia de ser claro como água esse meu afastamento em relação aos rapazes. Eu, pode dizer-se, sou tímida e reservada. Era muito mais até há cerca de dois anos. Muito mais mesmo. Não conhecia nem queria conhecer as gentes que me rodeavam. Agora, é diferente. Principalmente este ano, conheci umas quantas pessoas. Mesmo assim, não se pode dizer que seja sociável. Assim, para ficarem com uma ideia, devo conhecer umas quarenta pessoas na escola num universo de mil e oitocentos alunos. Para mim, está ótimo. Mas voltando ao assunto do post (isto foi só para ficarem com uma imagem da minha vida social), a maioria das pessoas que conheci foram rapazes. Por intermédio, desta e daquela acabei agora por ficar 'amiga' de uns quantos rapazes lá da escola. Um deles, chamemos-lhe curly, é muito sociável, conhece muitas pessoas, é giro, inteligente, sabe falar (tirando as asneiras), lê, ouve boa música e tem mais umas quantas coisas que agradam a qualquer uma. E tem a mania que toda a gente da escola tem que eu não gosto nada: encontra alguém que conhece e toma lá que levas dois beijinhos. Chamem-me chata, esquisita ou forever alone mas a rotina de cumprimentar todas as pessoas que conheço com dois beijinhos não me assiste. E por isso não a faço até encontrar o curly que me 'atirou' para esta rotina. Ele lá me vê e eu não me safo. E agora nem é só quando me vê pela manhã. É sempre que me vê, seja a terceira ou quarta vez que me encontra. E, ao longo do tempo que vamos passando mais tempo juntos, ele vai alargando o 'campo de intereção' comigo, se é que me entendem. E isto são coisas às quais não estou habituada. Mas confesso que me agrada porque, como já havia dito, todos notam que há esta força que me afasta naturalmente dos rapazes e ele parece ou não se importar com isso ou tentar ultrapassá-lo ou outra coisa qualquer. Trata-me de forma diferente o que me faz sentir diferente e me agrada. No entanto, e opondo-me a toda esta satisfação que o curly me dá, não gosto dele. É divertido e tal mas a personalidade dele é demasiado outgoing para mim. Basicamente, como ele é para mim é-o para todas as outras que conhece há umas semanas. E outra coisa se acrescenta aqui: primeiro ele aproximou-se da Catarina que lhe dá trela, depois da Amelie que o ignora à força toda depois de se aperceber como ele é e recentemente virou-se para mim que ajo como uma parva por me deixar levar pelas coisas que ele diz/faz e não ter uma posição forte nestas aproximações. Odeio sentir-me uma parva como os demais da minha geração. Tenho ideias fixas acerca destas atitudes mas na prática sou fraca e detesto isso em mim. É isto. Cenas da minha cabeça. Este post é como se fosse lixo, inútil e estúpido, para o blog mas a minha cabeça, quando se trata de assuntos destes, é tudo uma big mess e passando para o teclado, a confusão mantém-se.
Recado para a Amelie: Amelie sei que vais ler isto. Entendes agora?