Pode mesmo vir a ser uma realidade
Ontem deparei-me com esta notícia acerca de um programa de voluntariado europeu que tem umas vagas por preencher. Não sei ao certo em que tipo de voluntariado consiste mas as possibilidades são, na maioria (se não todas), na Europa e o que me chamou mais à atenção é o facto de as despesas com viagens, alojamento e alimentação estarem pagas. Este é o segundo grande entrave (o primeiro é a aceitação da minha mãe) ao meu desejo de sair do país no final do secundário: as despesas. Ainda que hajam opções de países onde, ao dia, se gaste até uma quantidade mínima e aceitável (podem ver essa lista aqui) isso implica que os níveis de segurança e higiene do país para onde se vá não sejam dos melhores e, bem pelo contrário, sejam também baixos. Para uma experiência como a que pretendo fazer esse não é o maior problema mas para os meus pais é. Como qualquer pai (não os posso censurar por isso) não querem de jeito nenhum que anda por aí, sem rumo, na incerteza acerca dos lugares onde posso me instalar, em cenários pouco limpos e até perigosos. Seria a forma mais extrema de fazer uma gap year e, pelos meus pais, nunca na vida. Uma experiência não tão extrema, mais confortável e segura, custa mais. Viver num país desenvolvido obriga a que o investimento seja maior e aí é que reside a grande questão. Pelo que, como sabem, desanimei um pouco e afastei um bocado esta ideia. Ontem, todas as ideias voltaram à minha cabeça com a constante noção de que posso, de facto, fazer isto porque o dinheiro já não é problema. Claro que continuará a ser preciso algum dinheiro para viver ainda assim. Não é só viajar, comer, dormir e fazer o voluntariado. Há um conjunto enorme de outros aspetos que quero viver nestes países e, para muitos deles, há que pagar mas isto abre uma possibilidade, de verdade, palpável. Não são só ideias, não são meses apenas por minha conta para fazer e andar por onde me apetece. Isto é um programa, real e sério, onde me posso inserir que me guia, me dá (e aos meus pais) uma certa segurança e, ainda assim, deixa livre o monte de experiências que posso viver. Estou entusiasmada.