02 de Janeiro, 2014
Mas como é que eu me fui esquecer dos Daft Punk?
Inês
Pois aqui está uma das minhas músicas de eleição do passado ano.
De resto, está tudo uma porcaria. A chuva não pára de cair e, é com cada vez mais certezas, que culpo este tempo por estar com um humor tão em baixo. De certa forma, custa-me admitir uma das principais razões para este estado espírito. É das coisas mais adolescentes que se pode viver nos dias de hoje e criticáveis também, até por mim, mas, pela terceira vez nesta minha vida de dezassete anos, sofro interiormente por um mundo que existe muito longe de mim. Primeiro, foi a saga Twilight, depois os Hunger Games e agora, os One Direction. Mas o que é isto Inês? Não podias ter escolhido uma coisinha melhor para sofrer? Não. Aqueles cinco rapazes giros, mas sobretudo, divertidos deram-me a volta e agora sofro por antecipação ao pensar que daqui a uns anitos já não há One Direction para ninguém. Tenho bem a consciência que muito antes de isso acontecer, já eu não lhes acharei assim tanta piada mas custa agora. É daquelas fases estúpidas pelas quais passamos. Não há muito mais a dizer. Férias a mais, diria eu, e demasiado tempo em casa. E este tempo chuvoso também. Agora que penso nestas minhas 'fases' vejo que a coisa que mais me deu que pensar e sobre a qual mais debati ao longo dos anos é a questão do tempo passar e do momento em que vivemos no auge da nossa felicidade. Na saga Twilight, eles acabam por viver forever young e isso é a receita para a felicidade deles porque estão juntos. Nos Jogos, não há um momento em que a Katniss se sinta verdadeiramente feliz. Simplesmente não há. Nem no inicio, nem no meio, nem sequer no final quando todo o sistema que destruía milhões de famílias foi quebrado. Nem aí a Katniss consegui sentir-se plenamente satisfeita com o estado da sua vida porque imensas outras coisas foram acontecendo pelo caminho. As circunstâncias que a envolviam não estavam lá embora ela estivesse. Agora, com os One Direction, a questão é que o provável melhor momento da vida deles está a acontecer agora. Agora. E ainda há uma vida inteira pela frente. Quão mau é pensar que nada poderá superar o que estão a viver agora? Eu acho essa ideia bastante má. É como se a vida fosse um gráfico, e o pico desse gráfico tivesse sido atingido e não houvesse mais nenhum ponto tão alto quanto esse. Mas porque é que eu começo a pensar nestas coisas? Depois fico assim. Alguém que me traga o sol e nova música para ouvir se faz favor.