Até tenho tido umas quantas coisas para vir aqui escrever mas chateei-me com o blog quando escrevi um texto todo catita e, sem querer, ele foi-se! E nunca mais o voltei a viver. Fiquei lixada (para não dizer pior)! E agora não tenho a mínima vontade de voltar a escrever aquilo tudo. Muito sinteticamente, refleti acerca do futuro das cidades portuguesas que tendem a aproximar-se, a passos largos, das cidades da Europa do norte e centro. Como estive numa, vivi os seus pontos fortes e fracos. Quanto aos fortes: a qualidade de rede de transportes, a ausência de pobreza visível, animais abandonados, sujidade e poluição e também a consciencialização do comércio e dos cidadãos por um ambiente sustentável. Fiquei positivamente espantada com estas situações. Por outro lado, fiquei bastante mal impressionada com a alimentação que predomina e a dimensão do comércio. Há um predomínio indiscutível de produtos e marcas como a coca-cola,os kebabs e as pizzas e certas lojas de roupa que se fixam a uma distância de dois quilómetros umas das outras. E era, basicamente, isto. Se o futuro das cidades que melhor conheço assentar nestes princípios, então, fico na dúvida em relação às mudanças que a evolução e o desenvolvimento obrigam.
Falando de outras coisas, os dias lá na Suíça foram bons e passaram-se bastante bem. Honestamente, não estive com o espírito sempre lá em cima, cheio de entusiasmo e alegria. Tal coisa é raro passar-se aqui em Portugal também. No entanto, esperava que longe daqui, e com um horizonte novo para descobrir na companhia da minha Di, a coisa mudasse. Não mudou. Pensando nisso agora, isto não devia de surpreender assim tanto. Muda o cenário mas não muda a pessoa e, portanto, esta cabeça, muitas vezes, monótona, aborrecida, lenta e adormecida também foi para a Suíça. Torna-se um problema quando eu quero aproveitar a oportunidade e divertir-me o mais que posso e, devido a uma certa inércia interior e tristeza mal explicada, divertir-mo apenas metade do que posso e isso deixa-me lixada por dentro, durante e depois do momento perdido. Este é um problema com o qual me tenho deparado vezes demais nos últimos tempos. Maldita seja esta névoa que vem sei lá eu donde!
De resto, um dos dias mais divertidos foi o do Europaparque. O tempo esteve ótimo, as filas eram mínimas, as atrações do melhor que há! Aconselho qualquer um a passar lá um dia assim que puder. É,definitamente, dinheiro bem gasto e diversão assegurada. Acho que o quanto gostámos de algo pode medir-se pela vontade que temos em voltar a esse algo. Se for mesmo assim, e se servir de alguma coisa, adorei, sem dúvida, a última semana. Já desejei lá voltar trinta mil vezes desde que cheguei.