Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Teenage Dirtbag

yound adult na tarefa árdua de tentar ser alguma coisa de jeito.

Teenage Dirtbag

yound adult na tarefa árdua de tentar ser alguma coisa de jeito.

31 de Julho, 2014

As coisas que me entusiasmam

Inês

Encontrar coisas que me entusiasmem é, simultaneamente, um dilema e algo espetacular. Corro atrás de tudo aquilo que combata a inércia, preguiça, desmotivação e descrença que inunda alguns, demasiados, dos meus dias. O meu futuro entusiasma-me. Decidir sobre ele assusta-me mas tomar aquelas pequenas decisões e ir apontando e pesquisando cria em mim uma ansiedade positiva que só eu conheço. Ver evolução na dança do ventre também me entusiasma. Há um ano atrás dançava fechada em casa só com o espelho à frente. Hoje, estou a dois dias de atuar para um montão de gente e mostrar o que tenho aprendido. Isto entusiasma-me. Aventurar-me na Vespa do meu pai também me entusiasma. Hoje dei largas à confiança e estabeleci uma proximidade maior com aquela motita. É pesada como o caraças e é mais que certo que a deixarei cair algumas vezes mas o sonho de andar nela sem ninguém com uma estrada estendida à minha frente é fortíssimo. Faz-me querer aprender, esforçar mais, gastar mais tempo a entender o que é andar de mota e conseguir fazê-lo. Hoje estou dois ou três passos à frente de conseguir isso do que ontem. Este gosto gera motivação. Motivação gera ação e ação é vida.

28 de Julho, 2014

A ti

Inês

Há coisas que não vale a pena omitir nem deixar de dizer. Um pouco em seguimento daquela conversa que tivemos sobre se devemos ou não dizer "adoro-te". Tu foste o meu primeiro amor. Fácil de ver. Tu és meio louco, muito diferente de mim, já fizeste tanta coisa, és especial para mim. Eu gosto de ti. Tu gostas de mim. De que forma? Não interessa. Gosto de falar contigo mesmo que seja quase só para te ouvir. Gosto quando te vejo pela primeira vez num dia. Gosto de saber que estás por perto. Gosto de saber que te vou ver. É um gostar difícil de explicar. É um gostar assim simples. Gosto de ti pelo que és, pela forma como me fazes sentir, por me deixares descobrir-te, à tua mente, aos teus pensamentos, desejos, aos teus problemas, ao teu corpo quando o deixaste, porque quando te descubro a ti, descubro mais e mais de mim. Talvez tudo isto que direciono para ti seja uma forma até egoísta de chegar a mais de mim. E quero continuar a chegar a mim. Quero continuar a gostar de ti. Se assim o permitires. Tu não me magoaste. Naquele sábado disse que queria um beijo teu porque a vida é curta e as pessoas passam. Take chances. É mais ou menos o meu lema. Demos um beijo e bem mais que isso e foi bom mas não era minha intenção fazer com que se tornasse um hábito, uma obrigação, uma coisa. Chamaste-lhe summer love e não era preciso. Chamo-lhe um beijo aqui ou ali, agora ou depois, ou algo mais quando nos apetecer. Continuo a querer um beijo teu. Já disse que gosto muito dos teus beijos? Dos teus abraços ainda gosto mais. Se quisesses um beijo meu agora eu dava-to. Ou um abraço. Gosto de ti ao ponto de querer fazer assim muita coisa diferente contigo. Desde coisas random que toda a gente faz com os seus amigos até às coisas que só os amigos coloridos deviam fazer. Gosto de ti até esse ponto. Encontro em ti conforto, confiança, carinho, aquelas coisas que permitem que façamos tanta coisa e falemos sobre tanta coisa. E nada disto me parece mal. Não há nomes que definam o que somos, no que nos tornamos. Estamos em constate mudança, não vale a pena a rotular o que pouco dura. Vejo-te além disso. Acho que a nossa relação é mais do que isso. Eu estou aqui e tu estás aqui e isso é tudo o que continuo a querer. E não quero perder. Com mais ou menos beijos ou línguas ou mãos, não quero perder o que somos, o que fomos sendo desde que nos conhecemos e aquilo em que nos podemos tornar.

 

Um dia hei-de arranjar o momento certo para te dizer tudo isto.

27 de Julho, 2014

Interiorizar lições

Inês

Não há hipótese. Só quando as coisas nos acontecem é que as compreendemos. E, muitas vezes, nem assim ou não na totalidade. Pouco adianta sermos avisados do que vai acontecer por quem já sabe de trás para a frente como esta coisa da vida funciona. Precisamos de passar pelas situações, vivê-las, senti-las, viver mesmo aquelas sensações de que todos falam, sejam boas ou más. Como se fosse uma necessidade básica do ser humano desta época. Só assim nos tornamos donos das nossas opiniões e ações, como se fosse um direito ganho claro. Os ignorantes, ou aqueles que só ''sabem'' por ver ou ouvir, não entendem realmente o que pensam saber. Quanto a sermos donos do nosso saber, não há realmente nada que se compare ao viver.

27 de Julho, 2014

O futuro tão próximo

Inês

Não saber o que vou fazer daqui a um mês ou dois, onde vou estar, principalmente, é o meu presente e tal cenário é, para mim, sinónimo de receio, suspense, ânsia e excitação. É um pouco assustador não saber onde vou viver mas, muito mais que assuatador, é excitante, entusiasmante. Anseio por esses momentos de decisão e reviravolta. Encaro a situação de sair de casa com cada vez mais conforto, curiosidade e vontade. Quero isso. Vai ser difícil mas é necessário. Tanto pela situação familiar que tenho em casa como pela necessidade pessoal que cresce de dia para dia em mim. Tudo o que se avizinha é tão emocionante. A minha vida, como a conheço, deixou de existir. Deixar de ser criança e virar adulto é para muitos um problema gigante, algo que tentam combater mas eu vejo isto como uma oportunidade de fazer uma infinidade de coisas que agora me são permitidas. Ser uma individualidade na sociedade em que vivo é uma necessidade minha e sabe-me tão bem! Ter uma conta no banco, receber o cartão de eleitor, fazer a candidatura e ser tratada como adulta, como única responsável por mim mesma são coisas que me entusiasmam. Ser dona de poucos metros quadrados com uma cama só minha, uma janela só minha, um espelho, uma cadeira talvez, cores ao meu gosto, as minhas fotografias pelas paredes... que sonho! Deixar a minha família, além de me obrigar a crescer sozinha, vai ter um impacto gigante neles, na minha mãe principalmente. Talvez seja a maior asneira da minha vida, "deixá-la", talvez me arrependa e volte, talvez não me arrependa e me veja obrigada a voltar na mesma, talvez esta mudança seja tudo o que ela precisa para se aperceber a que a vida é assim e, o mais importante, a vida passa e temos que fazê-la acontecer. Ou talvez nada mude, como sempre e tudo continue a mesma merda.

18 de Julho, 2014

Onde andas tu?

Inês

Depois de uns na Serra da Estrela (como já vem sendo tradição) e de dois aniversários em cheio (o da Di e o meu), avizinha-se o exame de matemática e as candidaturas. O mês de Julho está a passar de forma bem diferente, comparativamente aos dos outros anos. As férias começam cada vez mais tarde e são bem mais curtas, Mas é como eu digo: ficarmos mais velhos, além de incluir um montes de tretas e responsabilidades e a perda de algumas das coisas mais fixes da vida, implica também a oportunidade de, finalmente!, podermos fazer outras das coisas mais awesome de sempre também. E eu estou a descobri-las. Não quero deixar escapar nada. Manter as expectativas baixas assim como evitar as ilusões, são o segredo para tudo correr pelo melhor. Ainda assim, sei que posso errar muito e magoar-me, que me estou a arriscar imenso, mais que nunca, mas tem valido a pena. Cinco minutos daquela sensação especial, rara, de descoberta, valem muita coisa neste momento. Se calhar estou a querer tudo demasiado depressa. Provavelmente mas não tenho sabido atuar de outra forma. Por exemplo (e para não julgarem que ando a ser grande maluca), desde que me soltei o suficiente para dançar kizomba pela primeira vez, não tenho querido outra coisa. Dançar faz tão bem! Mais e mais! Que grande mixórdia este texto. Tem se vivido bem.

Ah! E acabei de fazer dezoito anos. Os tais dezoito.

07 de Julho, 2014

Aquelas semanas

Inês

Desde o exame de matemática até ao diazinho de hoje, foi aquela típica semana de férias fechada em casa, entre arrumações, séries e madrugadas. Não é que goste de passar os dias assim mas também não desgosto. Gosto porque me sabem a férias, a despreocupação. Não gosto porque não faço nada de útil nem divertido. Amanhã sairei daqui. Vou passar uns dias à Serra da Estrela com o meu irmão. Ele trabalha e eu... bem, gostava de dizer que tenho a cidade para descobrir e a piscina do hotel para explorar mas isso não será tudo nem provavelmente a maior parte. Descontração à parte, sei que o mais provável é ter de repetir o exame de matemática, e como não me quero arrepender mais tarde, mais vale este esforço de rever umas coisas e insistir naqueles desgraçados exercícios esta semana. Na próxima, já são uns quantos os planos e as saídas, pelo que se estude durante esta semana para a consciência ficar tranquila. Entretanto chega o meu aniversário, o meu décimo oitavo aniversário. A verdade é que não é algo que anseie muito. Não pensei muito nisso. Mas tenho que pensar. Não é que seja das coisas mais importantes mas quero que fique gravado em mim de alguma forma. Quero que seja diferente e, acima de tudo, divertidíssimo. Alguém tem ideias assim de um plano barato e 'pequeno' que junte apenas seis amigos num dia bem fixe? Sugestões eram mais que bem-vindas! Obrigada desde já. See ya!

05 de Julho, 2014

Ainda sobre isto da vida

Inês

O que aconteceu com aquele senhor (rapaz! tinha trinta e sete anos..) de quem já vos falei deixou-me mesmo a pensar sobre a efemeridade da vida, que problema para esse meu conhecido Ricardo Reis! Take chances. Take all fucking chances you can. Nem sequer falo das coisas enormes que não temos coragem de fazer porque enfim... somos todos uns nabos. Falo de tudo. Vão passear, vão dançar, abracem-se, beijem-se, digam que as pessoas estão bonitas hoje, e amanhã também se ainda o acharem, digam que gostaram disto e daquilo, digam que se adoram, olhem nos olhos, abracem-se outra vez, falem muito sobre o que acham da vida, o que aprenderam já, o que sentem, o que pensam acerca das coisas mais importante e mais random também, ganhem a coragem para irem falar com aquele rapaz que está de baixo do vosso olho, ou rapariga claro, e digam-lhe o quão giro ele vos parece e digam 'quero dar-te um beijo' se quiserem dar-lhes um beijo, e dêem caraças! Acordem! Vivam! Amanha ninguém está cá para contar histórias caraças.

03 de Julho, 2014

É só triste

Inês

Hoje soube que alguém minimamente conhecido morreu devido a uma doença cuja cura implicava uma medula óssea compatível. Morreu. Tinha uma filha bebe e uma mulher. Uma família a crescer. Uma vida ainda para viver. E morreu porque não se encontrou uma medula compatível. Como é que isto ainda acontece? A campanha que fizeram em redor dele foi a razão principal pela qual decidi doar logo a seguir à derradeira data dos dezoito. Faltam quinze dias exatos. Quinze dias e talvez eu fosse compatível. Há tanto tempo que ouço a história deste homem e tinha que acontecer logo isto dias antes de eu, talvez, poder fazer a diferença. É triste. Vão doar gente! Todos que possam! Não é justo ainda morrer gente com falta de algo que falta não nos faz.