Testes? Posh...
Isto da vida académica é tudo muito bonito mas o verdadeiro propósito de entrar na universidade implica uma motivação para o estudo que eu ainda não encontrei. Ir para um teste e sentir que domino a matéria é coisa que ainda não aconteceu. A qualquer cadeira. A extensão da matéria é tanta que dominá-la é coisa que duvido que aconteça no prazo de um só semestre. E ainda tenho a sorte de estar a repetir conteúdos de secundário em três cadeiras. Estar na universidade e ser bem sucedido nos testes e exames implica um estudo diário de duas horas ou mais, sozinhos, a marrar e a praticar o que se deu nas aulas. Claro que falo de quem quer ter de trezes/catorzes para cima. Andar na universidade e acabar com média de dez de pouco vale. Na conversa com alunos mais velhos apercebo-me de que o esforço académico é enorme, não mais do que o que eu esperava, mas, bem mais do que o que eu estou preparada para dar. Agora que estou deste lado apercebo-me de um outro monte de coisas. Ter sido um aluno excelente no secundário, com grandes notas, vale pouco. Entrar é o mais fácil. Fazer os exames nacionais é o mais fácil. Aguentarmo-nos cá dentro (sendo bem sucedidos, sempre!) é que custa. Essa é a parte que distingue uns de outros. E confesso, com uma certa vergonha e nenhum orgulho, que esta transição me está a custar imenso, mais do o que devia, mais do que quero. Voltar a entrar num ritmo razoável de estudo é ideia que custa a entrar. Não há cá época de testes nem rondas nem coisas que tais. Há um estudo contínuo e intenso durante todo o semestre e todo o resto do ano. Ganhar esse hábito está a demorar e já sinto as suas consequências. Já tirei a primeira negativa e, no teste que foi provavelmente o mais acessível que alguma vez terei, não fui além do treze. Sei perfeitamente que estas pequeninas notinhas me vão lixar mais tarde. Manter a concentração no caminho certo é o próximo grande objetivo. Não quero fazer as coisas pela metade nem as cadeiras com dez. Quero e hei-de conseguir fazer manter os resultados a que estava habituada.