Comecei a tomar a pílula (um pouco forçada porque toda eu sou anti medicamentos forever, e não me apetecia mesmo nada comprometer-me com um comprimido todos os dias para o resto da minha vida) mas reconheço os seus benefícios. Uma rapariga de 20 anos anda aqui descansadinha da vida sem pensar em bebés porque "que possibilidade é essa? eu só tenho 20 anos!" mas, no fundo no fundo, só existe esse descanso porque tomamos aquela merda todos os dias. Pois bem, se eu me esqueço, ou se me atraso umas horas, ou se bebo um bocadinho de quase nada (opá mas uma rapariga já não pode ficar alegre?) fica logo o caldo entornado. E entornado mesmo. O meu cérebro dá uma volta de 180º graus e só me apetece chorar. Eu escrevo quase em tom de brincadeira mas, literalmente, eu torno-me a pessoa mais triste à face da terra quando algo, por mais mínimo que seja, muda com a pílula. E depois faço as ligações e concluo que só pode ser isso que me lixa o juízo e esvazia os canais lacrimais porque eu, por natureza, sou das pessoas mais bem-dispostas do mundo. Por isso, gostava mesmo muito de falar com alguém entendido na matéria. E entendido mesmo que o meu médico de família e as enfermeiras do posto do médico são as pessoas mais incompetentes de sempre. E não lhes confio nada que seja meu. Gostava mesmo de encontrar alguém por esta blogosfera dentro (internet, tudo!) que me explicasse como posso mudar para melhor. Porque detesto que o meu bom humor dependa de um comprimidinho mais pequeno que sei lá o quê.