O pouco que há para dizer quando tudo está bem
É verdade. Tudo está bem e não há muito a acrescentar. Não há "mas" isto e aquilo, não há "e se", não há "vamos ver", não há complicações a adicionar. Pessoalmente, é com uma estranheza e serenidade mesmo muito grandes (as duas!) que encaro o último ano e meio da minha vida. Tudo se encaixou levemente, ao seu tempo, com a intensidade certa. Já não há ansiedades nem sentimentos desmedidos. Tudo é um mar de rosas mas de forma pacífica. Tipo, não é aquela paixão tresloucada que só é assim pela sua inconsistência e incerteza. Não. Esta é tranquila e bonita. E que preenche muito mais o coração e a alma.
E é com carinho que penso no N. Tudo o que me ensinou e fez viver. Como por exemplo, quando estaciono sempre de traseira porque assim é mais seguro, ou dividido sempre os guardanapos em dois para poupar. Acho que ele adoraria saber destas coisas e ver a casinha em que vivo agora. Mas são coisas melhor guardadas no meu pensamento porque com ele não dá para só falar. E o que diria ele se soubesse que durante mais de um ano quase todos os dias ou várias vezes por semana me aparecia nos sonhos e só recentemente é que passou um dia em que me surpreendi ao perceber que já não pensava nele há uns dias. E não se apoquentem. Acho que tudo isto pode acontecer ao mesmo tempo e ser ok.
Viver em equilíbrio e tranquilidade tem sido uma constante e ao mesmo tempo uma surpresa aconchegante a que já me habituei. Gosto de pensar que a Sertralina e a Slinda têm parte nisso pois assim está ao meu controlo manter-me assim.
A vida tem sido bonita.