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Teenage Dirtbag

yound adult na tarefa árdua de tentar ser alguma coisa de jeito.

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18 de Agosto, 2021

9 dias de autocaravana de Lisboa a Portimão #4

Inês

O quarto dia começou no parque de São Teotónio. Tomamos o pequeno-almoço, tratamos das águas, lavamos toda a loiça que tínhamos e seguimos viagem para a Praia da Amália que era pertíssimo. Se a de Almograve já me tinha ficado como uma das preferidas, a da Amália ultrapassou facilmente. Fazer aquele percurso selvagem até à praia só dá mais encanto. E a praia em si é belíssima. E ainda vimos uma pequena cascata num dos cantinhos da praia. Daquelas coisas mesmo bonitas para as quais não há palavras suficientes. Nas horas que passei nesta praia, pensei sobre o fascinante que é a praia manter-se praticamente igual por décadas e décadas, séculos talvez. As ondas batem da mesma forma como sempre bateram (agora trazem mais lixo, é certo, mas ainda assim temos a sorte de nesta zona do país encontrarmos águas transparentes). As rochas, com maior ou menor erosão, mantém-se como a fortaleza do areal. Provavelmente o que mais mudou ao longo dos tempos é o caminho que se faz para alcançar o areal que a vegetação foi alterando e o Homem também. À parte disso, a praia que a Amália via era a mesma que eu vi. E antes da Amália, terão havido tantos outros que viam exatamente a mesma praia, com as mesmas cores, o mesmo som do mar, a mesma moldura nas paisagens, o mesmo horizonte. Isso para mim é fascinante.

Da Praia da Amália, fomos para a de Odeceixe e, de seguida, para a da Bordeira. Foi um dia comprido, com muita estrada e muitas paragens. Tínhamos que avançar no mapa para conseguir chegar ao destino final e regressar em tempo útil. Entendo que não é a forma ideal de viajar, com pressa, porém perante tempo limitado, é preciso tomar decisões e portanto escolhemos ter um par de dias mais agitados e pesados e outros mais calmos. Eu já conhecia a Praia de Odeceixe e também a vila. Desta vez, só estivemos na praia que continuava com água pouco convidativa portanto passamos pouco tempo aqui. A Praia da Bordeira foi um encanto, apesar de não ter feito propriamente grande praia. Ainda me molhei um pouco na água de uma lagoa que se forma lá num lado específico da praia mas depois fui para a toalha e adormeci um bocadito ao sol. Esta praia é super interessante. O areal é enorme e composto por várias e grandes dunas que fazem com que nem se consiga ver a praia no seu todo. Caminhamos desde a entrada, junto do parque de estacionamento, até ao miradouro da praia e aí conseguimos ver a extensão do mar e quase todo o areal. Engraçado porque até tem um pequeno bar de praia no meio do areal. De facto, a praia é tão grande que cansa muito ter que ir de um ponto ao outro.

De seguida, fomos para Sagres onde por uma questão de minutitos apanhamos o pôr-de-sol na ponta de Sagres. Foi incrível e deu algumas das melhores fotos desta viagem.

Para pernoitar, escolhemos o Intermarché de Sagres que tem um espaço reservado a ACs. Esta foi das piores noites que tive. O sítio era colado à zona de descargas pelo que houve imenso barulho madrugada dentro. Ora eram camiões a chegar ora pessoal aos berros. Acordei imensas vezes com a impressão que estavam a gritar mesmo ao lado da carrinha (e de certa forma, estavam). Já tínhamos dormido no Intermarché de Sines e isto não tinha acontecido. Além disso, o sítio não era bonito e nem aproveitamos para trocar as águas. E só tínhamos um vizinho. Claramente, foi um local mal escolhido. Fica a experiência.