9 dias de autocaravana de Lisboa a Portimão #7
O sétimo dia marca o regresso e a reta final da aventura. Foi dos dias em que fizemos mais kms. Saíamos do parque logo de manhã e fomos até à Zambujeira do Mar, apenas com paragem em Azenhas do Mar porque nos pareceu um sítio bonito. Na Zambujeira tivemos algumas das maiosres peripécias no que toca à AC. Fomos sempre junto à costa e, portanto, o GPS direcionou-nos para a praia. O problema é que com AC, descer e subir aquela estrada íngreme que liga a vila à praia é o cabo dos trabalhos! Só nos apercebemos mais tarde. Eu sabia que poderia entrar na vila doutra forma, sem ter que descer (porque o ano passado já lá tinha andado) mas vindo da direção onde viemos e sem conhecer, foi o buraco onde nos metemos. Depois tirar de lá a AC foi um desafio. Pelo caminho em frente não dava porque era muuuito íngreme (para sempre relembrar o fds da C. quando atravessámos a estrada e vislumbramos o quão íngreme era). Tentamos, paramos o trânsito e (felizmente!) havia um parquezito de terra batida no meio da subida, onde ficámos retidas, pelo que andei de marcha-atrás até entrar nesse parque e estacionei a AC para fazer uma pausa e pensar sobre a saída. Estacionámos, almoçamos e fomos ver a vila e a praia. A praia foi muito boa, deu para entrar na água e apanhar sol. Ficamos umas boas horas e, depois, voltamos para a AC. Ao chegar ao parque, vejo que estão mais uns quanto carros estacionados a dificultar-me a passagem. Ora, claramente os carros nem pensaram em como os outros saíram dali (talvez eu também não me apercebesse). Primeiro, um carro estacionou mesmo colado à traseira da AC, o que vale é que eu tinha deixado espaço à frente para fazer a manobra. Segundo, outro carro estacionou numa lateral, não deixando espaço suficiente para a AC passar (porque é mais larga que um ligeiro normal). Ainda tentámos mas desistimos, não correndo o risco de haver choques ou riscos. Decidimos voltar a estacionar e ir tomar banho (vantagens da AC) e nesse preciso momento aparece a condutora de um dos carros e tira o carro (foi super simpática e até nos tirou uma foto às três). Lá passamos o segundo obstáculo e atiramo-nos ao terceiro e mais difícil: a subida. Admito que me tremiam um pouco as pernas. Porém, correu bem. Subi sempre em primeira, não dando hipótese de o carro perder força. Foi um esforço grande mas foi bem conseguido e ficámos contentes. Rumamos a Porto Covo, à Praia do Sissal que eu já conhecia do ano passado. Vimos aquela paisagem bonita da Ilha do Pessegueiro ao fundo e o melhor pôr-do-sol da viagem. Tiramos das melhores fotos apenas com telemóvel na toalha, temporizador e muita sorte. Depois, fomos para o parque no centro de Porto Covo onde jantamos omeletes. No final do jantar, demos um pequeno passeio por Porto Covo (que bonita!) e vimos a chuva de estrelas junto ao banquinhos por cima da Praia dos Buizinhos. Foi outra das grandes sortes. Vi ainda umas três estrelas a rasgar o céu. Há coisas bonitas. No final da noite, já com frio, fomos a uma bola de berlim na padaria popular que há lá. A fila era grande mas aguardamos e valeu a pena. Acompanhamos com um chá feito na AC, soube muito bem e esta acabou por ser provavelmente das noites onde nos deitamos mais tarde.