A ti
Há coisas que não vale a pena omitir nem deixar de dizer. Um pouco em seguimento daquela conversa que tivemos sobre se devemos ou não dizer "adoro-te". Tu foste o meu primeiro amor. Fácil de ver. Tu és meio louco, muito diferente de mim, já fizeste tanta coisa, és especial para mim. Eu gosto de ti. Tu gostas de mim. De que forma? Não interessa. Gosto de falar contigo mesmo que seja quase só para te ouvir. Gosto quando te vejo pela primeira vez num dia. Gosto de saber que estás por perto. Gosto de saber que te vou ver. É um gostar difícil de explicar. É um gostar assim simples. Gosto de ti pelo que és, pela forma como me fazes sentir, por me deixares descobrir-te, à tua mente, aos teus pensamentos, desejos, aos teus problemas, ao teu corpo quando o deixaste, porque quando te descubro a ti, descubro mais e mais de mim. Talvez tudo isto que direciono para ti seja uma forma até egoísta de chegar a mais de mim. E quero continuar a chegar a mim. Quero continuar a gostar de ti. Se assim o permitires. Tu não me magoaste. Naquele sábado disse que queria um beijo teu porque a vida é curta e as pessoas passam. Take chances. É mais ou menos o meu lema. Demos um beijo e bem mais que isso e foi bom mas não era minha intenção fazer com que se tornasse um hábito, uma obrigação, uma coisa. Chamaste-lhe summer love e não era preciso. Chamo-lhe um beijo aqui ou ali, agora ou depois, ou algo mais quando nos apetecer. Continuo a querer um beijo teu. Já disse que gosto muito dos teus beijos? Dos teus abraços ainda gosto mais. Se quisesses um beijo meu agora eu dava-to. Ou um abraço. Gosto de ti ao ponto de querer fazer assim muita coisa diferente contigo. Desde coisas random que toda a gente faz com os seus amigos até às coisas que só os amigos coloridos deviam fazer. Gosto de ti até esse ponto. Encontro em ti conforto, confiança, carinho, aquelas coisas que permitem que façamos tanta coisa e falemos sobre tanta coisa. E nada disto me parece mal. Não há nomes que definam o que somos, no que nos tornamos. Estamos em constate mudança, não vale a pena a rotular o que pouco dura. Vejo-te além disso. Acho que a nossa relação é mais do que isso. Eu estou aqui e tu estás aqui e isso é tudo o que continuo a querer. E não quero perder. Com mais ou menos beijos ou línguas ou mãos, não quero perder o que somos, o que fomos sendo desde que nos conhecemos e aquilo em que nos podemos tornar.
Um dia hei-de arranjar o momento certo para te dizer tudo isto.