Christmas e outros pensamentos
Este Natal o espírito natalício demorou muito a vir. Na realidade só apareceu mesmo na ceia. Até fiz a árvore de natal no início de dezembro a ver se aparecia mas só resultou naquela tarde mesmo. Não comprei presentes com antecedência e só comprei os indispensáveis para as crianças e os adultos que sei que teriam algo para mim (naquele início de tarde de dia 24, porque why not?). A ceia foi bastante diferente este ano. Muito longe de casa, na terra da namorada do meu irmão (agora mãe do meu sobrinho), pois esta era a única forma de juntar as famílias e passarmos todos com o bebé. E a única forma de eu não passar o natal separada do meu irmão (seria o primeiro se acontecesse) e, por outro lado, o primeiro em que passei junto da minha sister e do meu sobrinho. Estava entusiasma para este acontecimento apesar de não ter preparado nada. Do início da tarde e até à hora de jantar não estava muito alinhada. Sempre a pensar no R. e no quanto gostaria de estar com ele. Fantasticamente, ele no final de dia diz-me mais ou menos o mesmo. Que só pensava em mim e tinha imensas saudades. Esta sintonia não falada é bonita e inexplicável. Porém, sinto-me um bocado mal e culpada por numa data tão especial e de família eu ter passado uma grande parte do tempo a pensar no R. e a fazer scroll nas nossas conversas e fotos. Mas é o que é. Outra ressalva desta noite foi o facto de termos levado a Fofinha para passar lá a consoada connosco. Ela nunca tinha feito uma viagem tão grande e estar num ambiente diferente trazia alguns riscos mas felizmente correu tudo maravilhosamente bem nesse aspeto. De resto, os votos de não haver prendas repetiram-se (oiço isto todos os anos na minha família e há vezes em que se cumpre mesmo) e ainda bem porque, lá está, também não comprei nada para ninguém. Ainda assim, recebi um conjunto de chávenas de café (por acaso, ora aí está uma excelente prenda para mim porque I fucking love coffee) e uns tapperwares (que foi um gift engraçado porque veio da mulher do meu pai e eu sempre que lá vou trago tapperwares cheios de comida, portanto foi kinda of a joke mas dá bué jeito). O melhor presente será quando amanhã estiver com o R. para umas mini-ferias na Nazaré. O R. é o não-namorado mais namorado que alguma vez tive. O que me envia as mensagens mais bonitas apesar de serem todas iguais umas às outras a dizerem simplesmente que gosta tanto de mim. O que se lembra de tudo e mais alguma coisa (muito mais do que eu) e mostra que estamos sempre na cabeça um do outro. Aquele que me deu a metade do ano mais feliz. A honeymoon phase mais longa e que teima em não terminar. Disse-me que a melhor prenda que recebeu este ano fui eu e eu tenho a certeza que mesmo que tivesse recebido muitas, ele seria a melhor de todas.