Da Ericeira à Nazaré #8 - Fim
Sábado acordámos cedo porque eu tinha que apanhar o autocarro para o norte. Vim embora com um sentimento bastante bom que se foi transformando ao longo do tempo. Acima de tudo, conectei-me com o R. como ainda não tinha acontecido e isso é importante em duas vertentes: primeiro, demonstra-me que consigo ainda conectar-me com alguém de uma forma tão única e especial, que a batalha ainda não está perdida apesar de eu já ter vinte e seis anos (só que na realidade a batalha é perceber se quero ou não entrar nessa guerra, mas querendo, é possível). Ainda que também tenha a consciência que só me deixei conectar desta forma porque vim de um sítio vulnerável e estava carente (mas também pode acontecer assim ou não?); em segundo lugar, é realmente fantástico viver isto com o R.; "ignorei-o" durante dois anos e agora aqui estamos, a trocar mensagens todos os dias e várias vezes, na maior parte das vezes são só de emojis apaixonados e semelhantes. Estamos a viver coisas fixes e sempre a planear e à espera de quando podemos voltar a estar juntos (aliás já estivemos mais um fds juntos entretanto). Não sei bem qual o fim desta história (ou se terá fim porque comigo não costuma ter) mas não vou estar a pensar muito. É daquelas coisas que vou só aproveitar o bom enquanto houver sejam isso semanas, meses ou anos. Não há expectativas, não há normas, não há regras. Só há vontades mútuas. De estar junto, de falar, de fazer acontecer, de aproveitar. E é isso mesmo que planeio fazer.
PS: e passei a semana sem tremores na pálpebra e sem roer as unhas. Roí quatro unhas logo que cheguei a casa e, ao fim de duas semanas de vida normal em casa e no trabalho, o tremor passou para o segundo olho. Se isto não é sinal claro de onde eu devo estar, então não sei.