E dançamos
Desta vez fui eu que solicitei o booty call. Giro que andamos sempre a deixar coisas pendentes para que haja sempre um encontro futuro, ou sou eu que te tenho que te devolver algo ou tu que tens que me entregar alguma coisa. Happily. A conversa de início não fluiu tão facilmente. Nem sei porquê mas é a verdade. Fazer conversa não é o nosso forte. Depois disseste que tiveste uma apresentação de aulas de dança latinas no trabalho e que isso te fez recordar de mim. Gosto sempre quando algo te faz lembrar de mim. Então puseste música e acertamos os passos. Num ápice já não eram bem dançar. Desta vez, despimo-nos completamente antes de nos atirarmos novamente um ao outro (porque ir tirando a roupa não é tão fixe como parece na ficção). Foi bom, talvez melhor que a outra vez até. É tão fácil estar contigo. Como que há um caminho natural a percorrer e não são precisas muitas instruções.
A magia inexplicável de ter escrito neste mesmo blog a 28 de julho de 2013 acerca de ti e passado oito anos estarmos a dividir uma cama a olhar para o teto, passeando os dedos nas costas um do outro e dizer e ouvir o bem que sabe estar só ali. Há coisas que não têm explicação.
Não sinto, sinceramente, que a nossa história tenha acabado.
Eu sabia.