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Teenage Dirtbag

yound adult na tarefa árdua de tentar ser alguma coisa de jeito.

Teenage Dirtbag

yound adult na tarefa árdua de tentar ser alguma coisa de jeito.

05 de Setembro, 2022

live your life to the fullest. and then you crash. and then you do it again.

Inês

Mas quem não vive ao máximo também crasha portanto fuck it. We're all condemned.

As últimas semanas foram totalmente crazy e eu nem sequer estive de férias. Passei uma semana com o R. entre a minha casa e a mini-viagem que fizemos pelo norte. Voltei à realidade na quarta de manhã depois de dormirmos juntos perto do meu trabalho de forma a acordar e ir trabalhar e ele a ir para sul. Foi até ao máximo possível e que soube a pouco. Estive quarta, quinta e sexta ocupadíssima no trabalho com a cabeça a mil à hora e sexta saí mais cedo porque tinha o concerto dos Arctic Monkeys em Lisboa (how funny, Lisboa começa a tornar-se cada vez mais perto). Lá fui eu, sozinha, com uma pequena mochila e uma cama num hostel reservado à pressa. Cheguei, meio que perdida e a sentir-me da terrinha porque não encontrava o metro. Fui fazer o checkin e apesar de o hostel ser dos piores onde já fiquei, deu-me aquela energia e um sentimento mesmo fixe de me sentir jovem novamente. Fez-me recordar os hostels marados de Budapeste, Austria e Zagreb onde partilhei quartos velhos e sujos com homens mais velhos que me fizeram sempre pensar que estava a tomar más decisões na vida. Mas saí sempre bem, sem qualquer defeito a colocar (tirando o barulho típico dos hosteis que incomoda pa caraças mas também não se pode ir para ali esperar uma boa noite de sono). Estava a sentir-me mesmo fixe, apesar de estar a solo. Ir a solo tem sempre aquela vertente meio triste mas também tem a pica de estar a fazer algo que quero muito e que me faz voltar uns anos atrás. Portanto, curti. Entrei no recinto, dei uma vista de olhos e fui para a fila mais pequena comer uma sandes. Depois outra fila para a cerveja e depois sobrou-me menos de 30min para arranjar spot para ver o concerto. Não me meti muito na confusão mas se fosse agora teria ido. Tenho receio e faz-me impressão imaginar-me pressionada numa multidão (até porque só tenho metro e meio) mas gostaria de ter visto a banda mais de perto e ter sentido mais a energia. De qualquer forma, adorei claro e fiquei super feliz por terem tocado as músicas que mais gosto. Depois ainda tentei ir ver o concerto seguinte, de clubbing (ou lá o que é), até porque queria sentir que estava a aproveitar o dinheiro que gastei no bilhete. Mas esqueçam. Há que entender que não somos para tudo e eu não sou de clubbing. E metade daquela gente também não seria se não fossem as substâncias mas enfim. Fui para o hostel de autocarro e até adormeci rápido.

De manhã acordei (lol, já tinha acordado várias vezes com o barulho dos outros) com uma chamada do R. porque guess what? Daquelas oportunidades da vida, ficou sozinho e pudemos passar umas horas juntos antes de eu vir embora. Tínhamos estado juntos há três fuckin dias e pareceu imenso. Vê-lo, ao sair da porta do hostel, foi espetacular. Abraça-lo ainda melhor. Passamos umas boas quatro horas juntos e fizemos coisas incríveis que ficarão na minha memória para sempre.

Voltei e fui direta para o jantar de aniversário do meu irmão que a nível de energia foi um downgrade gigante. E além disso, a minha mãe estava com stresses então senti mesmo que voltei para a terra das tempestades. Fiquei com mais saudades do R. e a desejar estar a 300 kms de distância. Bebi vinho na expectativa que o tempo passasse mais depressa e fosse mais suportável.

No dia seguinte (ontem) acordei cedo e fui tomar o pequeno-almoço com as amigas ao Porto. Depois voltei para levar a minha mãe à estação pois ia para Lisboa. Depois, num impulso estúpido marquei café com um rapaz que andava a insistir para sairmos há dois anos (yup). Ele estava a tornar-se cada vez mais insistente e eu ficava curiosa com aquela conversa toda. Apesar do R. ocupar um espaço cada vez maior na minha cabeça (e coração) há aquela voz que me lembra que eu e o R. nunca poderemos ser mais do que isto, então tenho que divergir as minhas atenções. Foi o que tentei fazer naquela que secalhar agora é que vou conhecer uma pessoa interessante e disponível (mas sem pensar muito nisso). Foi só ir e ver. E que coisa feia que vi e vivi. Primeiro, o rapaz deixou-me à seca mais de uma hora sendo que até marcamos na terra dele (a 40kms de minha casa). Depois teve uma abordagem demasiado a pés juntos mas eu até que já estava à espera porque nas mensagens ele também era assim. Deixei-me levar pela onda a ver onde aquilo ia ter. Fomos comprar comida e viemos para minha casa e foi triste e uma grande chapada da vida (talvez para ambos). O rapaz por mensagem fazia e acontecia. Uma confiança daqui à lua numa dada performance. Chegou à cama e não conseguiu pôr-se de pé. Que espetáculo triste de se ver. Tentamos e tentamos e tentamos. Esforcei-me porque, enfim, assistir só era mau demais. Depois, muito mal amanhado, lá deu e nem um minuto aguentou. Absolutamente ridículo. Absolutamente triste. Disse que não conseguia fazer com preservativo e que veio ter comigo numa de tentar novamente mas concluiu dizendo que secalhar tinha mesmo que arranjar uma namorada para poder pinar sem proteção. *facepalm* Deslizei na cama com vergonha, só pensava no R. e veio uma vontade de chorar enorme. Só pensava naquela estupidez. Por um lado, o conforto que tenho na ideia de sexo ser só sexo mas por outro o problema de não o ter obtido e de só querer estar com uma pessoa. E depois a bola de neve a vir. E que essa pessoa secalhar é a minha pessoa. E que nunca a terei e na sorte de a ter encontrado e no azar de nunca ficar com ela. E a vontade de chorar só crescia. Só queria sair dali. Apressei-me a vestir e a ir levar o rapaz a casa (terceira vez a ir ao porto num dia). E o estúpido ainda queria tentar mais uma vez. Saímos, fui ao porto e mal ele fechou a porta do carro, eu desabei em lágrimas a sentir-me a pior merda de sempre. Chorei. Acordei com os olhos inchados. Vim trabalhar. Tenho uma semana exigente e que vai passar a correr. E ainda bem que assim é. Só desejo voltar a estar com o corpo colado no do R. e a sentir-me em casa.

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