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Teenage Dirtbag

yound adult na tarefa árdua de tentar ser alguma coisa de jeito.

Teenage Dirtbag

yound adult na tarefa árdua de tentar ser alguma coisa de jeito.

27 de Julho, 2014

O futuro tão próximo

Inês

Não saber o que vou fazer daqui a um mês ou dois, onde vou estar, principalmente, é o meu presente e tal cenário é, para mim, sinónimo de receio, suspense, ânsia e excitação. É um pouco assustador não saber onde vou viver mas, muito mais que assuatador, é excitante, entusiasmante. Anseio por esses momentos de decisão e reviravolta. Encaro a situação de sair de casa com cada vez mais conforto, curiosidade e vontade. Quero isso. Vai ser difícil mas é necessário. Tanto pela situação familiar que tenho em casa como pela necessidade pessoal que cresce de dia para dia em mim. Tudo o que se avizinha é tão emocionante. A minha vida, como a conheço, deixou de existir. Deixar de ser criança e virar adulto é para muitos um problema gigante, algo que tentam combater mas eu vejo isto como uma oportunidade de fazer uma infinidade de coisas que agora me são permitidas. Ser uma individualidade na sociedade em que vivo é uma necessidade minha e sabe-me tão bem! Ter uma conta no banco, receber o cartão de eleitor, fazer a candidatura e ser tratada como adulta, como única responsável por mim mesma são coisas que me entusiasmam. Ser dona de poucos metros quadrados com uma cama só minha, uma janela só minha, um espelho, uma cadeira talvez, cores ao meu gosto, as minhas fotografias pelas paredes... que sonho! Deixar a minha família, além de me obrigar a crescer sozinha, vai ter um impacto gigante neles, na minha mãe principalmente. Talvez seja a maior asneira da minha vida, "deixá-la", talvez me arrependa e volte, talvez não me arrependa e me veja obrigada a voltar na mesma, talvez esta mudança seja tudo o que ela precisa para se aperceber a que a vida é assim e, o mais importante, a vida passa e temos que fazê-la acontecer. Ou talvez nada mude, como sempre e tudo continue a mesma merda.