Último esforço
Infelizmente, só nestes últimos dois meses é que encontrei o ritmo necessário para ser bem sucedida a matemática. Vou tarde, tardíssimo mas, feliz ou infelizmente, o exame é definidor de quase tudo. Já me questionei se vou fazer uma grande asneira em insistir num curso com uma forte componente matemática na faculdade porque andei o ano quase todo a safar-me, tão mal quanto isso, nos testes e avaliações mas, de facto, trabalhar todos os dias uma ou duas horas é a receita para o sucesso. Grande treta essa! Vida boa é o que se quer, mas não, obrigam-nos a fazer milhentos exercícios se queremos ter um futuro de jeito, dizem eles (note-se a grande ironia ali atrás e aqui não). Mas pronto. A gente vai fazendo o que é suposto ser feito. Quanto à matemática, vou apostar em tirar o máximo do exame que, a correr muito bem, é o meu bilhete de entrada na FEP. Se correr não muito bem... esse é um dos assuntos em que tenho andado a pensar. Há uns meses só pensava se ia ingressar já na faculdade ou não, decidi-me, que remédio era o meu, vou sim, e quanto à faculdade, aposto na FEP por uma série de razões. Mas, entrar em Economia na FEP, só os melhores dos melhores. E, sou realista, se o exame correr como correu o ano inteiro ou se correr simplesmente mal, tanto a primeira como a segunda fase? Shit happens e devia estar preparada para um plano B. Não estou. Ainda não me tinha debatido sobre tal coisa. Aveiro, Coimbra? Não quero. A FEP era a minha alternativa pessoal ao gap year com que tanto sonho. Não há alternativa há FEP que não seja o gap year para mim. E depois deixo de pensar tanto e resigno-me com um estudo intensa que contribua para a nota excelente que preciso para entrar na FEP e resolver todos estes problemas. Eu penso demais. Até a minha mãe diz que penso demais. Acho que penso mesmo muito e basta duas horas sozinhas para me fartar de mim própria.